Estabelecer modelos de precificação para os serviços das agências, sobretudo as novas, pode ser um desafio. Ocorre que não definir valores conforme as exigências do mercado traz consequências inesperadas. Basicamente, é preciso ter um equilíbrio entre finanças, e isso se obtém com regras claras. Dessa forma, é possível dedicar os recursos para fazer o negócio andar.

 

Nesse contexto, faz-se fundamental que os envolvidos tenham entendimento de quanto valem os serviços que prestam, quanto é agregado ao negócio do cliente, a relevância do serviço, entre outros pontos importantes para a agência. No post de hoje, vamos apresentar modelos de precificação que visam assegurar a saúde financeira do seu negócio. Acompanhe!

Preço baseado em custo

Trata-se do modelo mais comum e visto como tradicional. Esse tipo vai exigir uma avaliação do valor necessário para a produção, acrescido da margem de lucro. A partir daí, você tem um preço adequado para cobrar do cliente e que pode ser levemente elevado, dando margem para conceder desconto e, ainda assim, ser interessante para a agência.

 

A margem de lucro pode gerar dúvida. Para estabelecer um percentual, é importante saber de quanto capital o negócio precisa para arcar com os custos e investimentos. Geralmente, esse percentual gira em torno de 30% a 40% do valor final.

 

Também é preciso avaliar os preços praticados pelos concorrentes, não podendo ficar muito acima ou abaixo deles para não atrair um perfil de cliente que não se encaixe na sua proposta. Um preço muito baixo pode ser um indicativo de pouca experiência, que não dará conta de entregar o combinado, ou ainda atrair clientes que não valorizem o seu serviço. Em contrapartida, um preço muito alto pode acabar espantando seus clientes em potencial.

Preço por hora de serviço

A fórmula é simples: identifique todos os custos da agência, divida o montante pela quantidade de colaboradores e, em seguida, divida pelas horas da jornada de trabalho deles. Essa conta lhe dará a visão do custo-hora médio de trabalho e, com ele, você poderá estimar o valor para a execução das tarefas em função do tempo para realizá-las. Aí é só multiplicar o custo por hora de acordo com o serviço, adicionando a margem de lucro.

 

Exemplo: você calculou tudo e descobriu que o preço por hora é de R$ 200,00 e você vai desempenhar o serviço de análise de SEO. Será preciso identificar o número de horas que serão dedicadas à tarefa e multiplicá-lo pelo custo-hora.

 

Agora, se a empresa oferece serviços mais pontuais, como impressão, produção de conteúdo, entre outros, será necessário fixar valores para as produções conforme o tempo gasto para sua realização mais os custos inclusos (caso existam).

Pacote fixo de serviço

Representa o valor para clientes que agrupam mais serviços por um valor predefinido. Entre os benefícios dessa prática, estão a melhora na utilização do tempo e na produção, permitindo, por exemplo, um planejamento para as demandas. O ideal é manter a flexibilização nos contratos e a possibilidade de criar planos de assinatura mensal.

Preço por valor percebido

Refere-se a como o seu trabalho impactou o negócio do cliente. É um tipo de precificação já adotado pela área de comunicação por levar em consideração o valor gerado em termos de vendas, ROI, participação no mercado, construção da marca, entre outros fatores que podem ser mensurados para gerar retorno para a agência.

 

Entre os modelos de precificação, o preço por valor percebido evita que a sua proposta participe de uma “briga por preços” com a concorrência. Também é uma forma de demonstrar para o cliente que o seu trabalho fez a diferença nos resultados dele e que ele pode continuar investindo na parceria.

 

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